XIX CNA: Governo “está atento” ao setor alimentar 961

No primeiro dia do XIX Congresso de Nutrição e Alimentação (CNA), organizado pela Associação Portuguesa de Nutrição (APN), esteve presente secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, na sessão sobre “Desafios do Sistema Alimentar sob o ponto de vista do Consumidor”.

Foram abordados alguns aspetos do estado da Nutrição em Portugal, com o secretário de Estado a lembrar a necessidade de se aumentar a literacia alimentar da população.

O governante indicou que urge pôr em marcha os planos do reforço da “literacia alimentar” para a população, com o ensino básico e secundário a ter que ser a “pedra angular” desta mudança.

Relativamente aos produtores, a opinião de João Torres, é que estes têm de prestar um serviço de excelência na “informação ao consumidor”, prestando “informações simples e claras que facilitem os consumidores na escolha de regimes alimentares saudáveis e sustentáveis”, dado que os cidadãos estão cada vez mais conscientes e próximos das questões ambientais e de saúde pública, valorizando os alimentos e a importância de os consumir frescos, menos transformados e obtidos de forma sustentável.

Outra das preocupações apontadas pelo secretário de Estado, tem a ver com a rotulagem. Para João Torres, algo deve ser feito na simplificação e harmonização da rotulagem nutricional, pois “40 por cento da população” não sabe interpretar a informação sobre os produtos.

João Torres sublinhou que o governo “está atento” ao setor alimentar e tudo o que gira à sua volta, nomeadamente o setor agroalimentar que “assume uma importância estratégica na dinamização da economia nacional, bem como no desenvolvimento local e regional, sendo relevante o dinamismo crescente que este setor revela não só a nível nacional, como também em mercados externos”.

O governante terminou por indicar que Portugal é um dos países europeus “com maior segurança alimentar”, mas o Executivo quer elevar a fasquia e ser um dos países ponteiros nesta matéria, até porque está a competir num Mercado Único, e precisa de apresentar produtos de excelência dentro e fora de portas.