06 de junho de 2016 As vendas de suplementos nutricionais e para a perda de peso atingiram, entre maio de 2015 e abril de 2016, cerca de 75 milhões de euros nas farmácias e parafarmácias portuguesas. De acordo com a “Rádio Renascença”, os números, avançados na edição do “Jornal de Notícias”, correspondem a três áreas: vitaminas e suplementos nutricionais (cerca de 56 milhões de euros de vendas); produtos para a perda de peso (aproximadamente 18 milhões de euros); e produtos de emagrecimento (um milhão e meio de euros em vendas).
Em declarações à “Rádio Renascença”, Maria Helena Cardoso, presidente do colégio de endocrinologia da Ordem dos Médicos mostrou-se preocupada e surpreendida com os valores apresentados.
«Preocupa-me que exista tão pouca legislação sobre este tipo de produtos e que a maioria deles nem dependa, sequer, da autorização do Ministério da Saúde, mas do Ministério da Agricultura e da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária», afirmou a médica. «O facto de não serem considerados medicamentos e não estarem sujeitos à mesma exigência faz aumentar a preocupação», concluiu.
Desde o início de 2016, a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu cerca de 3.500 embalagens, mais 500 do que em todo o ano de 2015, que apresentavam irregularidades. |