UPorto quer criar nutracêuticos a partir de microalgas para combater obesidade 909


31 de março de 2017

O combate à obesidade, diabetes e outras doenças a partir de cápsulas feitas de microalgas poderá estar para breve. Nos próximos três anos, o projeto Cyanobesity, coordenado pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto, pretende desenvolver nutracêuticos, a partir de cianobactérias marinhas, microorganismos conhecidos como “microalgas azuis”.

Um consórcio que reúne investigadores em Portugal, Suécia, Alemanha e Islândia quer identificar nestes microorganismos novos compostos capazes de combater a obesidade e outras doenças relacionadas, como a diabetes e a esteatose hepática, avançou o “Público”.

O objetivo não é desenvolver um produto farmacêutico, mas sim compostos como nutracêuticos que não necessitam de uma regulamentação tão rígida como a exigida para um fármaco, refere ao “Público” Ralph Urbatzka, investigador do CIIMAR e coordenador do projeto.

O projeto Cyanobesity ainda está a começar. A primeira fase, que arranca em maio, será dedicada à produção de biomassa de várias estirpes de cianobactérias selecionadas da coleção de culturas do CIIMAR, a maior coleção portuguesa e inscrita na Federação Mundial de Coleções de Culturas.