10 de abril de 2017 Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveu um método inovador de revestimento de alimentos, capaz de aumentar a validade do fiambre fatiado. O revestimento comestível, produzido à base de polímeros e tensioativos naturais, foi desenvolvido no âmbito de um projeto financiado pelo Programa Comunitário Horizonte 2020, com cerca de seiscentos mil euros. Os investigadores, liderados por Filipe Antunes, realizaram, ao longo dos últimos dois anos, vários estudos que permitiram a criação desta técnica. «Tratou-se de um desafio imenso porque foi necessário estudar um vasto leque de variáveis. Começámos por selecionar os polímeros e tensioativos que reunissem as melhores propriedades para o fim pretendido, realizámos misturas e observámos o comportamento dessas combinações, modificámos algumas propriedades, investigámos as concentrações adequadas para obter um revestimento seguro e eficaz e realizámos sucessivos testes para avaliar a interação dos polímeros e tensioativos com o alimento», descreve, num comunicado enviado pela Universidade de Coimbra, Filipe Antunes. O revestimento conseguido pela equipa, impercetível aos olhos do consumidor, cumpre as exigências da FDA e pretende aumentar a conservação do fiambre e de outros produtos cárneos após a abertura da embalagem. Este método inovador que os investigadores pretendem patentear «não só resolve um problema da indústria alimentar como também contribui significativamente para a redução do desperdício alimentar», nota Filipe Antunes. |