União Europeia desembolsou 3,7 ME para programa de fortificação de alimentos em Moçambique 932

 

 

06 de dezembro de 2018

A União Europeia desembolsou 3,7 milhões de euros para apoiar um projeto de fortificação de alimentos básicos no âmbito do combate contra à desnutrição.

«A fortificação de alimentos é reconhecida como uma forma muito eficaz de responder à carência de micronutrientes, um fator importante da malnutrição em Moçambique», disse a chefe de Cooperação da União Europeia em Moçambique, Isabel Faria, citada num comunicado do Programa Mundial para a Alimentação das Nações Unidas (PMA), a que a agência “Lusa” teve acesso.

O projeto, que teve um período de cinco anos, abrangeu 45 indústrias distribuídas por todo o território moçambicano e foi implementado pelo PMA, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

«Um ponto chave da abordagem foi o envolvimento do setor privado e da indústria, que foi fundamental para expandir estes produtos a nível nacional», acrescentou a chefe de Cooperação da União Europeia em Moçambique.

O ministro da Indústria e Comércio, Regendra de Sousa, disse que a desnutrição crónica é um problema de saúde pública no país, afirmando que para o Governo moçambicano o combate a este problema é uma prioridade.

«É necessário continuar a criar a consciência na população sobre a importância do consumo dos alimentos fortificados e por essa via constituiu prioridade a implementação de intervenções que permitam fortificação a nível rural, onde se encontra a maioria da população moçambicana», afirmou o governante.

O Programa de Fortificação de Alimentos em Moçambique, que termina este ano, enquadra-se nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM1c), e cuja prioridade, entre outras metas, era a redução da fome no país.

Dados avançados pela FAO indicam que Moçambique perde anualmente cerca de 1.300 milhões de euros, o correspondente a 10,9% do Produto Interno Bruto (PIB), devido à desnutrição crónica, que afeta 43% de crianças menores de cinco anos no país.