O preço dos bens alimentares de primeira necessidade registou, entre 14 e 21 de dezembro, um dos valores mais altos desde 23 de fevereiro. Em sete dias, subiu 7 cêntimos, passando a custar 219,84 euros.
A informação é avançada pela Deco, que desde fevereiro monitoriza todas as quartas-feiras o preço daquilo que apelida de “capaz de bens alimentares essenciais”, composto por 63 produtos, entre os quais peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, açúcar, esparguete, fiambre, leite, queijo e manteiga. A organização utiliza um simulador para calcular o preço médio por produto em vários espaços.
Os resultados, mostra, são claros. Comprar o mesmo cabaz de produtos alimentares esta semana fica 35,31 euros mais caro do que em fevereiro, aquando do início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. A Deco destaca o preço do peixe e dos laticínios que, entre 23 de fevereiro e 21 de dezembro, registaram subidas de 12,23 euros e 2,70 euros, respetivamente. A mercearia (18,33%) e as frutas e legumes (16,81%) têm ainda subidas elevadas.
Os cereais (mais 12%), o peixe espada preto (9%), o fiambre de perna extra (5%) e a batata vermelha (5%) fazem parte da lista de alimentos com as subidas mais recentes. Já relativamente a produtos desde 23 de fevereiro, é o arroz carolino que domina, com mais 84%. Segue-se a pescada fresca (75%) e a polpa de tomate (56%).
A Deco explica que “Portugal está altamente dependente dos mercados externos para garantir o abastecimento dos cereais necessários ao consumo interno”.