Um futuro renovado: uma Ordem de todos 1668

O período de campanha é por natureza um período corrido, dinâmico, que exige força e capacidade de adaptação a várias realidades distintas.

Neste período de campanha, conheci vários cenários de trabalho no terreno de ação.

Levava já uma bagagem importante, reunida ao longo de anos de exercício profissional e formativo, mas não comparável ao sentir do terreno, ao constatar, in loco, as sérias dificuldades com que os colegas se deparam a contrastar com o trabalho exemplar que muitos desenvolvem, as necessidades relevantes de cuidados nutricionais de que a população carece a contrastar com um número expressivo de profissionais que esperam por um emprego.

Cabe a uma ordem profissional servir e proteger os cidadãos através da regulação da profissão que alberga. E para isso, tem de ser uma ordem presente e próxima, uma ordem transparente, que veja nos seus membros os primeiros interessados nos assuntos que a ela dizem respeito. Uma ordem que fala e escuta, que recebe, mas também dá.

Seremos essa ordem profissional.

A Ordem que se fará no terreno, junto dos seus. Substituiremos a demagogia por pragmatismo, as intenções por ações. Não esqueceremos um único colega. Os colegas mais jovens que se fazem de sonhos e os têm vindo a abandonar precocemente, os colegas que vivem até hoje soluções precárias de emprego, que não podemos permitir que se mantenham, os colegas do setor social, da saúde, dos municípios, das escolas, dos estabelecimentos prisionais. Seremos a Ordem de todos. Dos que orgulhosamente empunham a profissão na área privada – ginásios e consultórios, farmácias e indústria, alimentação coletiva e restauração. A todos estenderemos a mão e deixaremos um braço, que lhes permita saber que terão sempre na sua Ordem uma resposta.

Seremos a Ordem parceira. Com entidades governamentais e não governamentais, entidades privadas e do setor social, associações científicas e de doentes, estabelecimentos de ensino e de formação. Sem nunca as pretendermos substituir, mas antes sendo um agente facilitador dos vários processos necessários para estabelecer as pontes e unir a rede de ligações ainda inexistente.

Seremos a Ordem atenta aos seus.

Aos que deve cuidar e servir, a população, mas também aos que são o veículo desses cuidados, os nutricionistas.

Saberemos ser a Ordem dos Nutricionistas.

Transportando para ela a nossa visão e a nossa missão, depositando-lhe fielmente cada um dos nossos valores.

Seremos a Ordem Nutrição Primeiro, que esperamos construir com o contributo de cada um que a deseje também.

Liliana Sousa, candidata a bastonária da Ordem dos Nutricionistas.