A Universidade de Évora (UÉ) desenvolveu um processo tecnológico para a produção em massa de túberas.
“As túberas são a frutificação hipógea (cogumelos subterrâneos) de fungos micorrízicos que se associam tradicionalmente a raízes de plantas anuais e o desafio de conseguir a associação micorrízica deste fungo com plantas perenes, como o Cistus salviifolius (sargaço) e Cistus ladanifer (esteva), foi alcançado, permitindo a partir de agora a sua produção em massa para utilização em diversos setores”, indica comunicado divulgado.
As túberas podem ser utilizadas em sectores como o farmacêutico, cosmético, da alimentação e da agricultura.
Esta descoberta lança as bases para uma nova forma de produção de alimentos com propriedades nutracêuticas e a exploração sustentável deste recurso micológico, de uma forma sustentável, resiliente e economicamente rentável.
As túberas ou criadilhas (Terfezia arenaria e T. fanfani) caracterizam-se por permanecer debaixo da terra até à maturação dos esporos, possuírem uma forma arredondada, medir em média 4 a 8 cm diâmetro, podendo atingir 10 cm, surgindo apenas na primavera e sendo mais comuns no sul do nosso País, região Alentejo, em solo arenosos e ácidos, ocorrendo também, com menos expressão, na Beira Litoral e na Beira Baixa.
Esta descoberta aguarda ainda atribuição de patente europeia.