Três dias, 150 palestrantes e cinco salas em simultâneo no 25.º Congresso APNEP 671

A APNEP acaba de anunciar a realização do seu 25.º congresso que irá decorrer nos dias 15, 17 e 18 de abril, na Fundação Dr. António Cupertino Miranda, no Porto. Ligeiramente diferente do formato dos anos anteriores, o dia 15 abril terá o formato online e será dedicado às publicações científicas nos últimos 2 anos na área da nutrição clínica, apresentado sob a forma de jornal club e ministrado por experts conceituados nacionais e internacionais, seguido de dois dias presenciais.

O primeiro dia do congresso, 15 de abril, terá um formato online e contará com diferentes formatos, desde Journal Club com a discussão de variados temas que vão desde “o papel da nutrição no doente crítico”; “Nutrição artificial em pediatria” até questões relacionadas com o “impacto da nutrição na mortalidade do doente crítico”. Também palestras internacionais serão organizadas ao longo do dia e em paralelo Mesas nacionais subordinadas a diferentes tópicos. Os simpósios também fazem parte deste dia de trabalho. Um dos quais dedicado à discussão dos “cuidados nutricionais na população geriátrica” e o outro a abordar os “Cetoanálogos na Doença Renal Crónica”.

No dia 17 e 18 de abril terá lugar um congresso com múltiplas salas em simultâneo com “uma grande panóplia de temas e uma variedade de cursos ESPEN LLL distribuídos pelos dois dias”, informa a APNEP em comunicado. No total contam com 150 palestrantes internacionais de língua oficial portuguesa e cinco salas em simultâneo.

No primeiro dia de congresso presencial serão discutidas temáticas relacionadas com o Doente em estado Crítico; Peri-operatório e Complicações pós-operatório contando com Casos Clínicos. Nesse mesmo dia existirá uma abordagem Pediátrica com foco na Nutrição e realização de três simpósios (Danone Nutricia, Fresenius Kabi e Nestlé Health Science). Temas como a “Interação entre o exercício físico e a intervenção nutricional; a “Ética na Nutrição”; o “Cérebro e o Intestino em íntima relação” e a “Malnutrição nos cuidados de saúde primários” fazem ainda parte da discussão deste primeiro dia. Por último, os temas da “Imunoalergologia e Nutrição em íntima relação” bem como, a “Cirurgia bariátrica: o que sabemos até agora?” serão discutidos na 4.ª sala do referido congresso.

Ainda neste dia terão lugar dois cursos ESPEN LLL, um deles dedicado ao “Nutritional Support in Cancer” e o outro ao “Nutrition in Older Adults”.

Já no dia 18, temas como “Obesidade em idade pediátrica”; “Considerações especiais sobre alimentação”; “Obesidade da Infância à Idade adulta”; “Rastreio Nutricional a nível hospitalar”; “Identificação do risco nutricional na pessoa idosa: a importância da articulação institucional nos territórios municipais”; “Monitorização Nutricional no Doente Crítico” e “Nutrição Parentérica Domiciliária” fazem parte da discussão entre oradores e os participantes. No que se refere aos cursos ESPEN LLL, um será dedicado ao “ICU Nutrition: Treatment and problem solving” e o outro irá abordar “Nutricional Support in the Perioperative Period”. Ainda neste dia será organizada uma mesa-redonda com administradores hospitalares sobre impacto económico da malnutrição associada à doença nos hospitais.

Segundo Dr. Aníbal Marinho, Presidente da APNEP “este encontro vai permitir contribuir para colocar uma vez mais na ordem do dia o tema da Nutrição e da malnutrição associada à doença, temáticas de saúde pública que permanecem subdiagnosticadas e subvalorizadas. Apesar de não conhecermos os números reais deste flagelo, é reconhecido que os números da malnutrição crescem diariamente na comunidade, especialmente junto da população idosa que apresenta, na sua maioria, um maior risco de vulnerabilidade nutricional”, diz.

O responsável explica que “a atual crise económica vem agravar a premência do debate sobre a malnutrição e a instituição de planos de ação que mitiguem o aumento desta realidade em Portugal. Este tipo de encontros permite-nos revelar as necessidades ao nível do tema da Nutrição no nosso país, onde o rastreio nutricional já está implementado a nível hospitalar, mas urge a sua implementação nos Cuidados de Saúde Primários, e ao contrário da maioria dos países europeus, a acessibilidade equitativa à nutrição clínica continua, também, por alcançar”, continua, ao identificar o combate à malnutrição como um “desígnio nacional.”

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