TRABALHO DINÂMICO E DESAFIANTE 189

TRABALHO DINÂMICO E DESAFIANTE

 

Do ponto de vista da atividade clínica, Márcio Nascimento é nutricionista numa unidade de cuidados intensivos coronários e no serviço de urgência, duas valências às quais dá apoio há mais de 15 anos. Paralelamente, a nível das consultas externas e por ser um dos elementos da equipa do centro de referência de adultos da consulta de diabetes, nos últimos 17 anos tem sido um dos profissionais que acompanha os utentes com diabetes.

 

«É uma consulta que gosto muito de fazer porque a diabetes é uma doença desafiante, mas que permite efetivamente perceber o impacto da nossa atuação, tal como acontece, por exemplo, com o doente crítico, em que conseguimos ver o efeito das nossas ações», partilha o nutricionista que no ano passado foi nomeado membro de ligação do SDN ao PPCIRA (Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos).

 

Para Márcio Nascimento gerir todas estas funções e responsabilidades «não é fácil», mas, como diz o provérbio popular, quem corre por gosto não cansa. «Eu adoro aquilo que faço, adoro ser nutricionista neste hospital e aliar à atividade clínica a parte da gestão. Mas é um trabalho muito dinâmico e desafiante no qual estamos constantemente a lidar com o inesperado». Por isso, sempre que sente mais assoberbado ou tem de lidar com uma situação problemática, o nutricionista concentra-se naquela que diz ser a sua missão: «ajudar o doente. Esse é o meu foco em qualquer situação».

 

Ao longo dos anos que trabalha no HSM, o nutricionista já passou por quase todos os serviços, desde a nefrologia à cardiologia, da neurologia à unidade de queimados, mas os cuidados intensivos e o serviço de urgência são as suas áreas de eleição. «Inicialmente foram anos de luta pelo reconhecimento do papel do nutricionista no seio destas equipas, mas com o tempo e trabalho essa conquista foi alcançada», lembra, frisando que se há algo que sabe bem que quer fazer «é prestar assistência e cuidados a doentes críticos [utentes que, por falência de um ou mais órgãos ou sistemas, necessitam de meios avançados de monitorização e intervenção terapêutica para sobreviver], sejam eles admitidos nas urgências ou internados nos cuidados intensivos».