Suplementos e alimentos: O que consomem os frequentadores de ginásios em Portugal? 1785

Um novo estudo, da autoria de investigadores da Universidade Lusófona, explora os vários padrões de consumo de suplementos alimentares e de alimentos para desportistas entre frequentadores de ginásios em Portugal.

A investigação científica, realizada pelo Centro de Investigação em Biociências e Tecnologias da Saúde (CBIOS) e publicada na revista Journal of the International Society of Sports Nutrition, revela informações importantes sobre o comportamento e as escolhas dos consumidores no contexto do fitness e da nutrição desportiva.

Com o objetivo de identificar tendências específicas na utilização de suplementos alimentares e produtos desportivos, a equipa de investigadores realizou um total de 303 entrevistas individuais a frequentadores de ginásios da Área Metropolitana de Lisboa (133 mulheres e 170 homens com uma média de idades de 30 anos).

Os resultados indicam que mais de 70% dos participantes utiliza estes produtos, sendo os homens os principais consumidores. Os indivíduos inquiridos estavam a tomar em média 1.6 suplementos alimentares. Em particular, os desportistas consumiam a proteína do soro do leite (proteína whay), a creatina e os multivitamínicos.

De acordo com a equipa da Universidade Lusófona, este padrão de consumo pareceu estar relacionado com o sexo biológico, a idade e a motivação de treino, já que os homens e indivíduos mais novos consumiram sobretudo produtos relacionados com o aumento da performance desportiva (proteína), enquanto as mulheres e os indivíduos mais velhos procuravam o bem-estar e saúde em geral (multivitamínicos).

As principais fontes usadas pelos inquiridos para se informarem sobre os produtos consistiram na internet e amigos e o principal local de aquisição foram as lojas online.

Os autores reforçam a necessidade de uma maior consciencialização sobre o uso de suplementos alimentares, promovendo práticas que sejam seguras e benéficas para a saúde. Em concordância, sublinham a importância de uma maior educação nutricional para assegurar uma utilização adequada e segura destes produtos.

Finalmente, a equipa reitera, em comunicado, que este estudo pioneiro “representa um passo importante na compreensão dos comportamentos alimentares no contexto do fitness em Portugal, oferecendo dados valiosos para profissionais de saúde, treinadores e consumidores”.

Pode encontrar o artigo completo (Analysis of food supplements and sports foods consumption patterns among a sample of gym-goers in Portugal) dos autores Sofia Lopes, Madalena Cunha, João Guilherme Costa, e Cíntia Ferreira-Pêgo, aqui.