Suplementos de Vitamina D não protegem os ossos – Estudo 910

 

 

8 de outubro de 2018

Os suplementos de vitamina D «não previnem fraturas ou quedas, nem têm efeitos clinicamente significativos sobre a densidade mineral óssea», conclui um estudo realizado por três especialistas na área, Mark Bolland e Andrew Grey (da Universidade de Auckland) e Alison Avenell (Universidade de Aberdeen), publicado na revista especializada “Lancet” .

«Não houve diferenças entre os efeitos de doses maiores e menores de vitamina D. Há pouca justificação para o uso de suplementos de vitamina D para manter ou melhorar a saúde musculoesquelética. Esta conclusão deve ser refletida nas diretrizes clínicas», explicam os investigadores.

O estudo, financiado por uma agência estatal de saúde da Nova Zelândia (Health Research Council), teve como base a compilação e revisão estatística dos dados de 81 ensaios clínicos que envolveram mais de 50 mil pessoas.

Ao “Guardian” , Mark Bolland explicou que nos últimos quatro anos surgiram «mais de 30 estudos aleatórios controlados sobre a vitamina D e saúde óssea (…) quase dobrando a base de provas disponíveis».

As quedas e as fraturas ósseas são um problema que afeta em especial a população mais velha. A vitamina D desempenha uma função essencial no corpo humano, ao regular a absorção do cálcio e do fósforo e, como tal, é essencial para a saúde óssea e prevenir o raquitismo e a osteoporose. Uma alimentação equilibrada, exercício físico e exposição solar transmitem dose suficiente da vitamina D.

Em países do norte da Europa como a Noruega, a Suécia e a Dinamarca, crianças e adultos são aconselhados a tomar suplementos diários na ordem dos 10 microgramas. O valor é duplicado em caso de grupos de risco e de pessoas com mais de 75 anos.

A partir de 2016, o Reino Unido adotou uma política de saúde pública semelhante. Todas as pessoas com mais de quatro anos devem tomar diariamente 10 microgramas de vitamina D, em especial de outubro a março.