01 de Fevereiro de 2016 Os suinicultores voltaram a manifestar-se, ontem, em Santarém, numa ação contra a forma como uma cadeia de supermercados continua a fazer a rotulagem da carne de porco. João Correia, porta-voz do “gabinete de crise” criado no início de dezembro de 2015 para sensibilizar a opinião pública para a deficiente rotulagem e para apelar ao consumo da carne de porco nacional, acusou a cadeia Pingo Doce de «continuar a fazer uma interpretação muito própria da lei», ao insistir em não cumprir o estipulado na legislação nacional desde abril de 2015. Os suinicultores realizaram um «miniplenário» após terem detetado uma «operação de cosmética» que consistiu na colocação de autocolantes com a bandeira nacional nas embalagens de carne de porco nas lojas existentes na zona, disse João Correia, citado pela “Lusa”. «Isso não me serve, pois continuo sem saber se a carne é portuguesa […]. Se houver um problema de saúde pública, como é que se chega à origem daquela carne? O Pingo Doce não dá confiança ao consumidor final nesse aspeto», declarou, já à porta de um dos hipermercados do grupo em Santarém, exibindo cuvetes compradas num estabelecimento em Leiria. Acusando o grupo Pingo Doce de, ao ter tido conhecimento da ação de hoje, ter realizado uma «ação de charme ou de cosmética», colocando «pó de arroz» em «95% das cuvetes» – uma delas «de entrecosto espanhol» -, João Correia reafirmou que o que os suinicultores querem é que a carne «esteja devidamente identificada» e que a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) faça o seu trabalho «como deve ser». Em comunicado, o Pingo Doce afirma que «cumpre integralmente a lei em vigor, nesta e em todas as matérias de rotulagem, quer estas se refiram a carne quer a outros produtos». |