09 de fevereiro de 2017 Entidades não-governamentais ligadas à saúde alertam para os malefícios dos cigarros eletrónicos e do tabaco aquecido, que devem ter restrições de consumo iguais às do tabaco convencional. As mesmas entidades defendem que todos os tipos de tabaco devem também ter aumentos consistentes e deve haver uma redução da disponibilidade de venda e acesso a jovens. O alerta e as recomendações partiram da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, da Fundação Portuguesa do Pulmão – Pulmonale – e da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, que este mês foram ouvidas no Parlamento a propósito da nova lei do tabaco e que agora, em comunicado, defendem também a eliminação total da publicidade a produtos de tabaco e o reforço do apoio à cessação tabágica. Afirmando que são favoráveis à proposta de lei de alterações à Lei do Tabaco, que inclui a proibição de fumar perto de hospitais ou de escolas, as entidades salientam também, no comunicado, que «os cigarros eletrónicos e os novos produtos de tabaco aquecido, apesar de não sofrerem combustão, contêm nicotina, que causa dependência e dificulta a cessação». «Além disso, sobretudo no caso do cigarro eletrónico que está bem estudado, diversos metabolitos resultantes do seu aquecimento já estão identificados como tóxicos, irritantes e carcinogénicos, tendo potencial para causar doença respiratória, cardiovascular e cancros, entre outras», afirma-se no comunicado, citado pela “Lusa”. Citando a Organização Mundial de Saúde (OMS), os subscritores do documento dizem que «os cigarros eletrónicos e os novos produtos de tabaco não são produtos seguros para a saúde» e que não esta provado que sejam «eficazes na cessação tabágica», pelo que devem ser «eficazmente regulados para se conseguir travar o seu consumo». Defendem as organizações que num contexto de saúde pública se deve «proteger os consumidores e as demais pessoas expostas, regulando a comercialização destes produtos e interditando o seu consumo nos mesmos locais onde seja proibido fumar». |