21 de novembro de 2018 É preciso dar ferramentas às pessoas para combater a doença, desde a comparticipação dos medicamentos até à presença de nutricionistas e psicólogos nos centros de saúde, defendeu a Sociedade Portuguesa Para o Estudo da Obesidade (SPEO), no 22.º Congresso Português da Obesidade. «Temos que dar ferramentas às pessoas para que o possam fazer e, no caso da obesidade, a ferramenta não depende só do médico, são precisos os nutricionistas e os psicólogos nos centros de saúde», disse a presidente da SPEO, que falava à agência “Lusa”. «É preciso ir ao cerne da questão» e «fazer uma intervenção», dando ferramentas aos doentes e formação aos médicos de família, que são os que contactam primeiro com os doentes. O combate à doença requer um tratamento integrado, do qual faz parte a dieta, o plano alimentar, exercício físico e em «casos selecionados» os fármacos. «Neste momento, temos fármacos que são seguros e eficazes. No entanto, são muito dispendiosos e a maior parte das pessoas, sobretudo as que têm mais obesidade e que são das classes sociais mais desfavorecidas», não os podem pagar. Mas, advertiu Paula Freitas, «os doentes têm que ter a noção de que os fármacos só por si não são a solução, eles têm que mudar comportamentos e estilo de vida». Para promover a visibilidade da obesidade enquanto doença, a SPEO elaborou com a Sociedade Espanhola para o Estudo da Obesidade um documento denominado “Consenso ibérico”, que tem como lema “Declaramos guerra à obesidade”. O objetivo é «promover a visibilidade da obesidade enquanto doença e tentar que os doentes tenham acessibilidade quer aos médicos, quer ao tratamento não médico, mas também aos tratamentos farmacológicos», explicou. |