SNS regista em 2022 a maior atividade assistencial da sua história 798

O ministro da Saúde afirmou esta quarta-feira (1) que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) desenvolveu em 2022 a “maior atividade assistencial da sua história”, com os hospitais públicos a baterem o recorde de consultas médicas e cirurgias.

“Em 2022, assistimos a uma notável recuperação da atividade assistencial. É a maior atividade assistencial da sua história, mesmo comparando com o maior número anteriormente alcançado em 2019”, afirmou Manuel Pizarro num debate sobre o Estatuto do SNS por iniciativa das bancadas do PSD e do Chega, que pediram a apreciação parlamentar do decreto-lei aprovado pelo Governo.

Segundo disse o governante, nos hospitais do SNS “foi batido o recorde” das consultas médicas, com um total 12.770.000 em 2022, e foram feitas 758.313 cirurgias, um aumento de 7%. Já ao nível dos cuidados de saúde primários, Manuel Pizarro avançou que o número de consultas presenciais aumentou, entre 2021 e 2022, 19% para 17.271.000.

“Percebemos bem que, sobretudo, no lado direito desta assembleia fiquem muito incomodados com o sucesso do SNS. Interpretamos isso como estando no caminho certo, a defender um serviço público essencial para os portugueses”, referiu o ministro, citado pela Lusa.

No debate parlamentar, Manuel Pizarro recordou ainda que a negociação com os sindicatos sobre a contagem e o reposicionamento dos pontos da carreira permitiu “melhorar a remuneração de mais de 16 mil enfermeiros” do SNS.

“Temos em curso negociações com os médicos e com os outros profissionais. É, aliás, no âmbito destas negociações que será tratado o tema da dedicação plena. É à mesa desta negociação que o tema pode e deve ser tratado”, alegou o governante.

Perante os deputados, Manuel Pizarro adiantou ainda que, no âmbito do diploma que conferiu maior autonomia aos hospitais do SNS, já foram contratados diretamente, em cinco meses, 558 médicos, permitindo captar clínicos que estavam em prestação de serviços e médicos recém-especialistas.

Quanto ao recente concurso para médicos de família, no qual foram admitidos 212 candidatos para as 196 vagas abertas, o ministro da Saúde reiterou que vai “haver vagas para todos os que sejam necessários” e salientou que o número de especialistas que concorreram prova a capacidade de atração do SNS.

Já quanto ao recente concurso que para médicos de saúde pública, Manuel Pizarro adiantou que foram preenchidas 75% das vagas, sendo possível colocar médicos em 18 dos 24 lugares abertos.