As pragas e doenças das plantas oriundas de territórios fora da União Europeia (UE) podem afetar a segurança alimentar em Portugal, caso entrem no nosso país informalmente, através do turismo.
“Vai viajar para fora da UE? Tire fotografias das suas plantas favoritas, mas não as traga consigo. Evite a propagação de novas pragas”. A informação é divulgada pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) como parte da Campanha #PlantHealth4Life, da Autoridade Europeia da Segurança dos Alimentos (EFSA).
De acordo com a EFSA, “as plantas representam 80% dos alimentos que comemos”, “limpam o ar que respiramos e ajudam-nos a combater as alterações climáticas ao reduzirem a quantidade de carbono na atmosfera”. Quando saudáveis, “fornecem habitats e fontes alimentares” mas, em caso de doença, podem trazer problemas.
“As pragas e as doenças das plantas podem afetar a nossa segurança alimentar, a economia e o meio ambiente”, refere a Autoridade. Alguns exemplos de pragas incluem o escaravelho asiático Anoplophora glabripennis, o Escaravelho vermelho das palmeiras Rhynchophorus ferrugineu e a Xylella fastidiosa. A UE publicou uma lista de 20 pragas em quarentena prioritárias a ter em atenção, uma vez que podem impactar os países.
Cuidados a priorizar
Em caso de viajem para países externos à UE, “não traga plantas, flores, sementes, frutos ou vegetais”. Se comprar via online, certifique-se de que as plantas e sementes incluem um certificado fitossanitário, um garante do cumprimento dos requisitos de importação da UE. Já os produtores devem ter em conta a Gestão Integrada de Pragas para “proteger a saúde das plantas de uma forma eficaz e sustentável”.
De acordo com a EFSA, a adoção de “técnicas de jardinagem responsáveis desempenha um papel crucial na sua própria proteção, na proteção da sua comunidade e do meio ambiente”. A entidade defende ainda a passagem de testemunho, pois “é fundamental que as crianças compreendam a importância da saúde das plantas”.