“Se tem excesso de peso, a sua coluna vertebral tem de assimilar esse fardo” 1009

Um novo estudo de médicos e investigadores da New York Spine Surgery & Rehab, publicado na Surgical Technology International, relaciona a massa gorda abdominal, tendo em conta a circunferência da cintura, e a força exercida sobre a coluna vertebral.

O documento relaciona os vários tipos de “peso” associando, por exemplo, como pode ser igual para a coluna o tipo de corpo que se tem, nomeadamente o chamado corpo “pera”, a carregar desde latas de comida de animal até vários garrafões de água ou um colchão.

Por exemplo, se for mulher e tiver um perímetro abdominal de pouco mais de um metro, a força (peso) exercida nas costas é de mais de 26 quilos, equivalente a uma criança de 9 anos. Se tiver 115 cm, a força será equivalente a uma televisão de 60 polegadas.

Já nos homens, 114 cm equivale a 30 kg, ou uma criança de dois anos (12 kg) se o perímetro for de 91 cm.

“Não só é cansativo, como este tipo de pesos causaria grande desgaste nas costas”, referem os médicos.

“O nosso trabalho identifica uma relação entre a circunferência da cintura, o aumento de gordura abdominal, e uma incrementada força exercida sobre o tórax e a coluna. Diferentes sexos e etnias mostraram diferentes perfis de gordura abdominal. Estas conclusões devem ajudar a clarificar as forças de stress experienciadas pela coluna em relação ao tamanho do abdómen e pode ajudar a explicar a associação entre obesidade e dores nas costas”, diz a conclusão do estudo.

Assim, relembra-se que a coluna vertebral está “desenhada para carregar o peso do corpo”. “Se tem excesso de peso, a sua coluna vertebral tem de assimilar esse fardo, que provocar danos. A parte inferior das costas é a mais vulnerável aos efeitos da obesidade. Além disso, interfere na boa postura e pode alterar a curva natural”, lê-se ainda.

Posto isto, uma “revisão da literatura” explica aquilo que muita gente conhece por ter um peso extra que pode danificar músculos e ligamentos que suportam as costas. Ou seja: dores.

O estudo (que pode ler clicando aqui) relaciona ainda a gordura e a sua importância metabólica, assim como o perímetro abdominal e a sua influência em problemas de saúde.