Saco feito de cascas de alho vence prémio internacional 1265

O ‘Sacalho’ de Guilherme Giantini, um biotêxtil feito de cascas de alho, foi premiado nos DNA Paris Design Awards, na categoria de Product Design/Eco Design – Estudantes.

Criado no Laboratório de Desenvolvimento de Produtos e Serviços (LDPS) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), no âmbito do Mestrado em Design Industrial e de Produto, o ‘Sacalho’, como é explicado no site da Universidade do Porto, tem como objetivo “viabilizar a exequibilidade de fabrico, promover a criação de materiais alternativos, de base biológica, aos comumente usados com fins lucrativos no mercado, e que contribuem para o alto impacto e poluição ambiental”.

O aluno ainda testou outros resíduos alimentares, nomeadamente borras de café, cinzas de madeira, cascas de amendoim, mas foram as cascas de alho que prevaleceram.

Ainda segundo o site da Universidade do Porto, em Portugal, são perdidos, anualmente, cerca de um milhão de toneladas de alimentos, e o setor têxtil é responsável por 20% da contaminação da água doce.

Por outro lado, “o atual descarte de sacos de algodão atinge o equilíbrio do seu impacto ambiental somente após 20 mil utilizações consecutivas, fazendo com que seja necessário usá-las, diariamente, por 54 anos para compensar a poluição associada ao seu fabrico”. Neste sentido, o ‘Sacalho’ pretende ajudar a mitigar a pegada ecológica destes artigos.