Reunião da PFS origina artigo publicado destinado aos nutricionistas 1092

Um artigo científico sobre nutrição, publicado no BMJ Open Sport and Exercise Medicine, teve o contributo de 28 especialistas portugueses, entre os quais: nutricionistas, médicos e fisiologistas.

O documento agora publicado resultou de uma reunião de consenso com os nutricionistas da Liga Nos e investigadores do universo académico. Esta reunião foi organizada pela Portugal Football School no dia 14 de fevereiro de 2020, seguida de uma conferência sobre o tema da nutrição e a performance.

Este trabalho procurou discutir as práticas atuais no futebol de elite e rever as evidências existentes sobre as estratégias nutricionais aplicadas aos jogadores de futebol profissional.

Além disso, os investigadores analisaram as condições físicas e fisiológicas do futebol e identificaram cinco momentos distinto: a preparação para o jogo, a partida, a recuperação após os jogos, gestão de calendário e reabilitação durante os períodos de lesão.

Rodrigo Abreu, nutricionista da unidade de Saúde e Performance da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), e primeiro assinante do artigo, destacou a importância de um artigo com o testemunho de vários especialistas da área da nutrição.

“A periodização dos hidratos de carbono em função das diferentes fases de preparação e recuperação dos atletas” e “a clarificação sobre o uso de outros nutrientes no caso específico do futebol” figuram entre os temas principais do artigo, explica o nutricionista, citado pelo website da FPF.

Ao contrário do relatório que foi publicado pela UEFA, Rodrigo Abreu revelou que este artigo comtempla “quatro tabelas com recomendações práticas para o dia a dia de quem trabalha com atletas masculinos de elite no futebol sénior”.

A pesquisa destes autores incide sobre os atletas do futebol de elite, não pretende, por isso, extrapolar estas conclusões para aplicação em mulheres e jovens. 

De acordo com o estudo, as estratégias nutricionais adotadas no futebol de elite podem variar significativamente, dependendo da cultura, hábitos ou restrições práticas. Além disso, os autores ressalvaram que nem sempre podem ser apoiadas por evidências científicas. 

Pode consultar mais detalhes aqui.