09 de junho de 2017 A Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) escusou-se hoje a comentar a possibilidade de o Governo avançar com uma taxa para os alimentos menos saudáveis, preferindo aguardar pela reunião que terá com o ministro da Saúde. «Não podemos comentar o que não sabemos o que é», disse à agência “Lusa” José Manuel esteves, da AHRESP, sublinhando que a associação terá «a breve trecho uma reunião com o responsável pela pasta da Saúde». Numa entrevista à agência “Lusa”, o ministro Adalberto Campos Fernandes revelou que as taxas sobre as bebidas açucaradas vão ser redefinidas para penalizar as mais prejudiciais à saúde e que o Governo pondera passar a taxar também produtos alimentares com elevados teores de sal ou gordura saturados. «Se vivêssemos num mundo ideal, aquilo que é classicamente reconhecido por todos como junk food, hipercalórico, com elevado teor de sal e gordura saturados, seria claramente a nossa prioridade», disse o governante. Contactado pela “Lusa”, o diretor-geral da AHRESP afirmou apenas: «o ministro Saúde vai a breve trecho conversar connosco sobre a matéria para analisar mais detalhadamente a questão». Na entrevista, como medidas paralelas e adicionais já tomadas, Adalberto Campos Fernandes recordou a introdução de ementas vegetarianas nas escolas e as restrições a alguns alimentos mais calóricos nas máquinas de vendas automáticas dos hospitais do SNS. «Vamos seguramente ser mais agressivos em 2018», prometeu, indicando que as medidas são sempre tomadas e acompanhadas pelos representantes dos setores. |