Reino Unido proíbe viajantes da UE de levarem produtos de carne para evitar febre aftosa 724

O Governo britânico proibiu temporariamente os viajantes dos países da União Europeia (UE) de trazerem para o Reino Unido produtos de carne a fim de evitar a propagação da febre aftosa entre o gado doméstico.

A medida, que também restringe as importações comerciais, entrou em vigor no sábado e afeta o território da Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia e País de Gales) e as ilhas autónomas de Jersey, Guernsey e Man, mas não a Irlanda do Norte, que continua a fazer parte do mercado único da UE na sequência da saída do Reino Unido da UE.

De acordo com a nova regra, que permanecerá em vigor até nova ordem, será proibida a entrada de carne de bovino, ovino, caprino e suíno e de produtos lácteos, segundo o ‘site’ do Governo.

Assim, “será ilegal para os viajantes de todos os países da UE que entrem na Grã-Bretanha trazer artigos como sandes, queijo, salsichas, carnes cruas ou leite”, quer sejam “embalados ou comprados em lojas” nos aeroportos, cita a Lusa.

As poucas exceções incluem “uma quantidade limitada de leite para bebés, alimentos medicinais e certos produtos compostos, como chocolate, doces, pão, bolos, biscoitos e massas”, diz o Governo.

As pessoas que forem encontradas com estes produtos “devem entregá-los na fronteira ou serão confiscados e destruídos” e, em casos graves, podem ser multadas até 5.000 libras (5.800 euros), mas apenas em Inglaterra.

O Reino Unido já tinha proibido a entrada de tais produtos provenientes da Alemanha, Hungria, Eslováquia e Áustria, em resposta aos casos confirmados de febre aftosa nesses países, e está agora a alargar a proibição a toda a UE devido ao risco acrescido de contágio.

O executivo explica que “embora a febre aftosa não represente qualquer risco para os seres humanos e não tenham sido registados casos no Reino Unido, trata-se de uma doença viral altamente contagiosa que afeta bovinos, ovinos, suínos e outros animais biungulados, como javalis, veados, lamas e alpacas”.

“O surto no continente representa um risco significativo para as explorações agrícolas e para o gado” e pode causar perdas económicas significativas, afirma.