18 de setembro de 2018 Os pratos de carne devem ser alternados diariamente com os de pescado na ementa escolar e os ovos devem ser servidos no mínimo duas vezes por mês. Estas são apenas algumas das regras contidas na circular “Orientações sobre Ementas e Refeitórios Escolares” que a Direção-Geral da Educação (DGE) publicou, dia 18 de Agosto, e de onde constam 40 propostas de refeições vegetarianas e 15 ementas mediterrânicas. A circular é precisa. A fruta fresca é obrigatória e deve ser oferecida em três variedades diferentes. A salada deve poder ser regada com azeite virgem extra. Um croquete terá de ter um teor de carne igual ou superior a 50%. No caso dos hambúrgueres e das almôndegas, a percentagem de carne tem de ser igual ou superior a 80%. Quanto à salsicharia, a circular admite-a nos pratos dos alunos mas como complemento a outras fontes proteicas de maior valor nutricional. «Infelizmente, há muitos miúdos que fazem 80 a 90% das suas refeições diárias na escola», referiu Rui Matias Lima, da Direção-Geral da Educação à agência “Lusa” para sublinhar a importância das refeições escolares, garantindo que «todas as escolas públicas ou que têm apoio do Estado» estão «obrigadas a cumprir as normas».
Além da incapacidade de fiscalização do Estado, apontada pelos nutricionistas, a aposta na literacia alimentar dos alunos não tem sido suficiente para os convencer a ingerir a comida que se lhes coloca no prato. Um estudo feito em 2010 apontava a existência de bolachas e biscoitos em 49,7% das merendas levadas de casa pelos alunos, segundo a nutricionista Margarida Liz, da Escola Superior de Biotecnologia. |