Após a divulgação do relatório REACT-COVID 2.0, do Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), da Direção Geral da Saúde (DGS), a Ordem dos Nutricionistas (ON) emitiu um comunicado, a defender que estes dados provam que os erros alimentares seguem uma gradação social.
“Os mais jovens e os mais desfavorecidos economicamente foram aqueles que alteraram os hábitos alimentares para pior, adotando um padrão menos saudável”, defendem.
Para a ON, “este estudo vem provar, à semelhança de outros, que os erros alimentares seguem uma gradação social: quanto mais baixa a posição social, pior o consumo alimentar, potenciando mais doenças relacionadas com a má alimentação, como a diabetes, a obesidade, as doenças cardiovasculares ou o cancro”, indica a nota divulgada.
“Urge a intensificação das ações da estratégia nacional de promoção a alimentação saudável com enfoque na literacia na alimentação em particular nas populações mais vulneráveis, no sentido de limitar as desigualdades sociais na alimentação”, defendem os nutricionistas.
A Ordem lembra que “o acesso a uma alimentação adequada é um direito humano”.
Por isso, “exige-se uma abordagem multissectorial e essencialmente política, destacando-se a importância de todos os decisores políticos dos diversos setores intensificarem medidas com potencial impacto na melhoria dos hábitos alimentares da população para garantir que todos os portugueses – todos sem exceção –, tenham acesso a uma alimentação justa, equilibrada, sustentável e saudável”, defende Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, concluiu.