Desde o início do ano letivo, o Ministério da Educação (ME) registou 600 reclamações das refeições dos refeitórios das escolas, menos 211 do que no mesmo período do ano passado. O Ministério atribuiu melhoria ao reforço na fiscalização.
Como avança notícia do “Jornal de Notícias”, o ME informa que as conclusões representam uma redução de 26 %, e justifica-a com a aprovação do plano integrado do controlo de qualidade das refeições servidas nas escolas, em dezembro de 2017. O plano supõe a criação de equipas regionais da Direcção-Geral de Estabelecimentos Escolares e a abertura das cantinas às visitas dos pais, para que possam provar as refeições.
O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas, Filinto Lima, também menciona que «não se tem ouvido queixas de alunos ou diretores» e avança que possa ter a ver com o reforço da fiscalização.
Já da parte da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira concorda que «há mais acompanhamento». No entanto, em relação ao serviço, afirma que «não melhorou». O responsável afiança que as empresas concessionárias não têm as portas abertas aos pais como os refeitórios geridos diretamente pelo agrupamento, nem a mesma flexibilidade para menus alternativos.
Em 2018, o ME recebeu um total de 936 queixas em relação à comida nos refeitórios concessionados nas escolas, numa média de 4 por dia e, no total, foram servidas 25 milhões de refeições.
À fonte o ministério detalhou ainda que a única empresa a ser multada este ano foi a Uniself, «maioritariamente por questões relacionadas com a falta de pessoal».