De acordo com um estudo, recentemente publicado na revista médica norte-americana JAMA, quase 70% das calorias ingeridas por crianças e adolescentes são de comida congelada e embalada.
O estudo, denominado por “Trends in Consumption of Ultraprocessed Foods Among US Youths Aged 2-19 Years, 1999-2018“, é da autoria de Lu Wang, Euridice Martínez Steele, Mengxi Du, Jennifer L. Pomeranz, Lauren E. O’Connor, Kirsten A. Herrick, Hanqi Luo, Xuehong Zhang, Dariush Mozaffarian, e Fang Fang Zhang.
A investigação analisou a alimentação de 33.795 crianças e adolescentes norte-americanos, entre os 2 e os 19 anos.
Desta análise concluiu-se que os alimentos ultraprocessados como pizzas congeladas, refeições de micro-ondas, lanches embalados e sobremesas foram responsáveis por 67% das calorias consumidas, entre 1999 e 2018, dessas crianças e adolescentes.
Apesar de “o processamento industrial possa manter os alimentos mais frescos por mais tempo e permitir que alguns alimentos sejam fortificados com vitaminas, ele modifica os alimentos para mudar a sua consistência, sabor e cor para torná-los mais atrativos, baratos e convenientes”, indica o estudo.
No entanto, muitos desses alimentos são menos saudáveis, pois contêm mais sal e açúcar e menos fibras que os alimentos não processados.
De acordo com o estudo, “entre 1999 e 2018, a proporção de alimentos mais saudáveis não processados ou minimamente processados diminuiu de 28,8% para 23,5% das calorias consumidas”.
O maior aumento de calorias veio de refeições prontas ou prontas para aquecer, de 2,2% para 11,2% das calorias. O segundo maior aumento veio de “salgadinhos doces” e sobremesas embaladas, cujo consumo passou de 10,6% para 12,9%.
Já o consumo de bebidas açucaradas caiu de 10,8% para 5,3% do total de calorias. Este resultado deve-se principalmente aos impostos sobre refrigerantes.
Consulte o estudo aqui.