De digestão fácil e elevado teor nutricional, o pescado apresenta inúmeros benefícios para a Saúde, mas também pode acarretar alguns perigos, especialmente em grupos vulneráveis.
Segundo as recomendações para o consumo de pescado adequado para a população portuguesa, elaborado por um vasto conjunto de entidades de Saúde, a população deverá consumir pescado entre quatro a sete vezes por semana, independentemente da sua espécie. Trata-se de “uma importante fonte de gordura saudável, nomeadamente dos ácidos gordos ómega-3 (EPA e DHA), proteína de alto valor biológico, elementos essenciais como o selénio, iodo, fósforo e vitaminas como a D, B1 e B12”, lê-se na infografia disponibilizada pela equipa.
Estas são as conclusões de um grupo de trabalho composto pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto).
Os investigadores explicam que alguns dos benefícios associados ao consumo de pescado prendem-se com o neuro-desenvolvimento do feto durante a gravidez e com a redução do risco de mortalidade por doença coronária em adultos. No entanto, o consumo junto de grupos mais vulneráveis por justificar um maior cuidado, tendo em conta o mercúrio e seus potenciais impactos negativos na saúde, quando ingerido em grandes quantidades.
Mulheres grávidas, mulheres a amamentar e crianças até aos 10 anos de idade devem consumir pescado com médio e baixo teor de mercúrio três a quatro vezes por semana, nomeadamente o atum em conserva, o bacalhau, a raia, a sardinha ou o robalo, entre outros. Por outro lado, devem evitar consumir espécies com níveis elevados de mercúrio, como o atum fresco, o peixe espada, a tintureira, o cação, o espadarte, a maruca e a pata roxa.
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