Pulseiras fitness falham muito na contagem das calorias queimadas 827



29 de maio de 2017

A popularidade de relógios e pulseiras fitness tem crescido junto dos desportistas. No entanto, um estudo publicado na revista científica “Personalized Medicine” revela que estes mecanismos são eficazes na medição do batimento cardíaco, mas apresentam algumas falhas no que toca à contabilização de calorias queimadas.

De acordo com esta investigação, o nível de erro de alguns destes aparelhos chega mesmo a ser superior aos 90%.

Esta conclusão baseou-se na comparação das informações de 60 voluntários, que testaram o uso de sete destes aparelhos (todos de marcas diferentes), com as medições profissionais feitas em laboratório.

«As medições de gasto energético estão longe de estar certas. A magnitude do erro surpreendeu-me», disse Euan Ashley, professor de medicina cardiovascular na Universidade de Stanford e um dos autores do estudo, em comunicado, alertando que «as pessoas estão a basear decisões de vida com a informação dada por estes aparelhos».

Os investigadores descobriram que a maioria dos dispositivos media a frequência cardíaca com uma percentagem de erro inferior a 5% – algo que surpreendeu a equipa pela positiva –, mas que nenhum conseguia avaliar corretamente o gasto energético, com percentagens de erro que variavam entre 27% e 93%, lê-se numa notícia avançada pelo “Público”.

Segundo os investigadores, o ideal para dispositivos utilizados fora do cenário médico seria uma percentagem de erro até 10%.