Foi há um ano que teve início o BI Award for Innovation in Healthcare, uma iniciativa da Boehringer Ingelheim Portugal, com o apoio institucional da Ordem dos Médicos, que contou com um número recorde de candidaturas: mais de 100 equipas apresentaram projetos diferenciadores e inovadores para apoiar a retoma dos cuidados de saúde e do sistema de saúde em Portugal. E como estão eles hoje?
Doze meses volvidos, é tempo de perceber em que fase estão os projetos. A começar pela equipa vencedora do BI AWARD, a GLIA, do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP), que se destacou com um projeto sobre telemedicina entre um centro hospitalar de referência, na área de neurocirurgia, com o objetivo de otimizar os cuidados prestados aos doentes e, ao mesmo tempo, os recursos económicos e temporais dos profissionais de saúde e doentes
O projeto já foi apresentado ao hospital e a dez centros de saúde, tendo ainda sido captada a adesão da especialidade de fisiatria e realizado um contacto com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), sendo uma das necessidades, neste momento, encontrar um parceiro tecnológico.
O sistema de Informação para apoio ao cuidador informal e ao utente – uma abordagem integrativa em Hospitalização Domiciliária, que foi o projeto da equipa MyDHU e que conquistou o segundo lugar, pretende otimizar o atual serviço de hospitalização domiciliária com recurso a tecnologias de informação e comunicação (TIC), facilitando a comunicação entre os diferentes prestadores de cuidados e, sobretudo, entre estes e os utentes.
Esta equipa, com o apoio da administração do hospital de São João, no Porto, e o coordenador do serviço de hospitalização domiciliária, está a desenvolver um piloto nesta unidade hospitalar.
Além dos vencedores, as 12 equipas finalistas que passaram para a fase de hackathon continuam também a ser acompanhadas com sessões de mentoria. É o caso do projeto Clínica da Dor, que visa a implementação de uma clínica de dor com marca própria e pretende construir uma rede de cuidados descentralizada através de dois pilares (tecnologia, via wearables e auto-reporte, e home care, para consultas e tratamentos), já tem um piloto a decorrer numa clínica privada de dor, devendo a avaliação do mesmo começar a produzir insights até ao final do ano.
A equipa Peercare, finalista com o projeto humanização da experiência de comunicação hospitalar através do lançamento de uma plataforma única de comunicação digital entre utentes, famílias e profissionais de saúde, passou a fase de otimização do Business Model e Projeto de Investimento Financeiro. Seguiu para o Patient Innovation Bootcamp – NOVA SBE e foi ainda apurada para a 3ª fase, em Copenhaga, em outubro, e encontra-se na captura de investimento e ligações com Business Angels.
A edição do prémio BI Award for Innovation in Healthcare 2021 contou, durante o período de Hackathon, com mais de 260 sessões, mais de 1.500 interações nas salas de trabalho e somaram-se mais de 400 horas de trabalho. Além de um prémio em valor monetário (num total de 47.500€, a dividir pelas três equipas vencedoras), a iniciativa pretendeu integrar os projetos vencedores num ecossistema adequado à sua aplicação que permite a contribuição direta para a sociedade e a saúde dos Portugueses.