Programa de Alimentação Saudável melhorou indicadores de saúde na região Centro 804


07 de dezembro de 2017

O Programa da Alimentação Saudável da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) permitiu melhorar vários indicadores de saúde nos 76 municípios abrangidos, disse ontem à agência “Lusa” a coordenadora regional.

«Éramos das piores regiões em termos de indicadores de saúde relacionados com excesso de sal, gorduras e açúcares e com este programa melhorámos bastante, o que quer dizer que estamos no bom caminho», salientou Ilídia Duarte.

Segundo a coordenadora regional do programa, o projeto “minorsal.saúde“, em vigor há 10 anos, tem contribuído para a diminuição da ingestão de sal e para uma alimentação mais equilibrada, através das iniciativas “pão.com”, que envolve 1.002 padarias, e “sopa.come”, que abrange 1.277 unidades de confeção alimentar.

Mais de 71% das padarias envolvidas reduziu os valores de sal para igual ou inferior a um grama por 100 gramas de pão e 44,8% conseguiu mesmo baixar para igual ou menos de 0,8 grama por 100 gramas de pão.

«Em 10 anos deste projeto realizámos 8.351 análises e envolvemos 2.000 profissionais de panificação», sublinhou Ilídia Duarte.

Na iniciativa “sopa.come”, mais dirigido para a população estudantil, o programa regional abrange 1.047 escolas do 1.º, 2.º e 3.º ciclo e 130 mil crianças e 70 mil pessoas do corpo docente e não docente.

O Programa Regional da Alimentação Saudável inclui ainda os projetos “vending.saude”, que visa melhorar a oferta alimentar das máquinas de venda automática e “tãodoce.não”, cujo objetivo é promover a diminuição do consumo de açúcares de absorção rápida na população da região Centro, nomeadamente intervindo nas indústrias de pastelaria e similares.

Para facilitar a implementação destes projetos junto dos cidadãos, a ARSC tem estado a assinar protocolos de colaboração com os municípios, de modo a «facilitar a implementação de estratégias de intervenção comunitária, nomeadamente nos consumos alimentares de sal, açúcar, gorduras, fibras alimentares, água e prática de atividade física».

Ontem à tarde, mais sete municípios da região assinaram protocolos de colaboração e, segundo Ilídia Duarte, dentro em breve outros seis vão também aderir.