Programa Alimentar Mundial ensina moçambicanos a adotar alimentação mais saudável 1747

03 de Novembro de 2016

Um projeto do Programa Alimentar Mundial (PAM) está a sensibilizar a população do centro de Moçambique a introduzir alimentos saudáveis na sua dieta, marcada essencialmente pelo consumo de farinha de milho e de peixe seco.

«Estamos a implementar o programa de comunicação para a mudança social de comportamento baseado na redução da desnutrição crónica e anemia, através do Comité de Saúde, que leva a sensibilização às comunidades para mudanças de comportamento e quebrar os tabus alimentares, que são as causas das dietas monótonas», explicou Ernesto Almeida, ao serviço do PAM em Mossurize.

Este projeto, que conta com o financiamento da União Europeia, foi implementado nos distritos de Mossurize, Sussundenga, Barué, Guro e Machaze.

«Registamos casos de desnutrição aguda, principalmente em crianças menores de cinco anos, sendo as principais causas o desmame precoce e depois o mau aproveitamento dos produtos produzidos localmente», frisou Solange José, médica-chefe distrital de Mossurize.

Uma feira alimentar realiza demonstrações culinárias, inseridas no programa do PAM, para as mulheres aprenderem na prática a confecionar comida através de dezenas de variados pratos locais feitos à base de abóbora, mandioca e batata-doce, e as respetivas folhas, inhame, iogurte de malambe e outros produtos, todos locais, lê-se numa notícia avançada pelo “Observador”.

«Algumas pessoas já usam a produção local, mas limitam-se a ferver o inhame, batata e mandioca e a tomar com chá. Então ensinamos a população a fazer papas com estes produtos, a maioria ricos e nutritivos», explicou Florência Mondlane, nutricionista e membro do Comité de Saúde de Mossurize, que expôs na feira, sopas e papas feitas na base de batata-doce, abóbora e inhame.