PR diz que na saúde é fácil chegar a um consenso nacional e elogia gestão do atual ministro 721

29 de Março de 2016

O Presidente da República defendeu hoje que o setor da saúde, ao contrário do modelo financeiro de gestão, é um domínio no qual será fácil chegar a um consenso nacional, e elogiou a atuação do atual ministro da tutela.

Destacando que «a saúde é uma prioridade» de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa dedicou hoje a manhã a uma visita ao Hospital de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, considerando ser importante que um dos «primeiros gestos do Presidente da República seja naturalmente mostrar a importância dessa prioridade».

«A saúde é um domínio em que eu penso que é fácil chegarmos a um consenso nacional. Eu disse que queria trabalhar pelos consensos e há domínios em que é mais difícil e vai ser mais difícil nestes primeiros tempos», justificou, admitindo aos jornalistas que «é mais difícil fazer consenso quanto ao modelo financeiro de gestão do Estado português».

O chefe de Estado fez questão de sublinhar o trabalho do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, considerando que a gestão do novo tutelar da pasta «tem ajudado» porque vai na linha do que tem apelado: «desdramatizar, criar um ambiente de pacificação, olhando para os problemas e resolvendo os problemas».

«Na saúde mesmo sem grandes pactos, mesmo sem estarem a celebrar protocolos ou acordos, eu sinto que de uma forma suave se vai estabelecendo um consenso e as várias forças políticas e sociais vão chegando a acordo», destacou, evidenciando ainda que «nas últimas semanas e nos últimos meses não tem havido polémica na saúde em Portugal».

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que «na prioridade da saúde conta muito o Serviço Nacional de Saúde» (SNS) e neste caso em particular do Hospital de Vila Franca de Xira «uma parceria público-privada», que é uma forma do interesse público poder «contar com a colaboração dos privados, com a gestão privada competente».

«Há assim Serviço Nacional de Saúde de gestão pública e um Serviço Nacional de Saúde de gestão privada. E esta parceria é positiva», defendeu.

Para o Presidente da República, «hoje, o acento tónico é consenso na saúde, uma admissão pacífica no nosso país da importância da prioridade da saúde, do papel do SNS, mas do contributo também dos privados».

«Se olharmos para o conjunto do sistema de saúde, devemos reconhecer que ele melhorou enormemente ao longo destes 40 anos de democracia e há todas as perspetivas de que pode continuar a melhorar. Há sinais de que esses problemas estão a ser enfrentados e progressivamente resolvidos», referiu ainda.

Depois de uma reunião com a administração do hospital – gerido pelo grupo José de Mello Saúde -, Marcelo visitou as unidades os pisos de pediatria e de obstetrícia, tendo mesmo visitado algumas mães com os seus recém-nascidos.

Num dos quartos, Marcelo visitou dois jovens, tendo inclusivamente visto se um deles tinha febre, querendo saber qual o diagnóstico de ambos.

Inicialmente o Presidente da República avançou a possibilidade de um problema de dentes na origem da infeção de um dos doentes, mas com a ajuda do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, admitiu: «também pode ser parótida. Isso é raro, mas nos jovens acontece de vez em quando».

Ao lado, Marcelo conversou com um jovem, a pouco tempo de entrar no bloco operatório, que partiu o pé devido a uma altura «mal programada», tendo deixado um conselho: «convém no futuro calcular o sítio de onde se salta».