21 de dezembro de 2016 As famílias portuguesas gastam menos em alimentação do que há 26 anos. De acordo com o INE, esta despesa diminuiu para metade: em 1989/1990, 29,5% do orçamento familiar destinava-se aos produtos alimentares, atualmente os gastos representam apenas 14,4% nas despesas das famílias. Numa entrevista ao jornal “Público”, o diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS explicou que «as pessoas reduzem a carne de vaca e comem mais frango, escolhem variedades de peixes mais acessíveis, optam pelas marcas brancas e, nos restaurantes, bebem cerveja em vez de vinho». No entanto, realçou que esta realidade pode também ser um reflexo do aumento do rendimento médio, levando a que «a despesa tenha passado a pesar menos no orçamento». Já Natália Nunes, do gabinete do sobreendividamento da DECO, revelou ao jornal “Público” que os estudos da DECO apontam os 220 euros como valor médio da despesa mensal com alimentação numa família com três ou quatro elementos. «É muito reduzido», confessou Natália Nunes, acrescentando, todavia, que tal não significa que os portugueses se alimentam pior: «As pessoas comparam mais os preços, levam listas de compras e perderam o estigma relativamente às marcas brancas». |