Portugueses estão a consumir menos açúcar e sal 2982

O consumo de açúcar entre os portugueses reduziu em 14%, o de sal em 12% e o de gorduras em 5%, segundo dados da Kantar. Cerca de 60% dos portugueses afirmam estar preocupados com a saúde.

O estudo “Prazer sem culpa, o caminho para a saúde” revela que os portugueses estão a confecionar os alimentos de forma cada vez mais simples, selecionando opções saudáveis em metade dos almoços e jantares. Alimentos cozidos, crus ou frios e grelhados são parte das escolhas saudáveis, avança uma notícia da “Marketeer”.

Segundo a Kantar, as alterações verificadas no comportamento de compra expressam esta preocupação. Categorias como margarina culinária, sal, açúcar refinado e refrigerantes diminuem, enquanto o mel, frutos secos e óleo de coco estão ganham espaço.

«Há, efetivamente, um esforço por parte dos portugueses para reduzirem alguns produtos que consideram menos bons para a saúde, mas pelo lado da oferta também tem havido uma evolução, com as marcas a apostarem cada vez mais no natural, na origem dos ingredientes e na transparência da composição dos produtos», realça Marta Santos, Manufacturers Sector director da Kantar.

Na perspetiva etária verificam-se algumas diferenças. Os portugueses com mais de 65 anos compram mais fruta, legumes e carne fresca e 80% afirma comer menos gordura atualmente. 35% também afirmam evitar comprar produtos com cafeína. As pessoas até aos 34 anos favorecem a conveniência e indulgência: 74% dá preferência à rapidez e à facilidade de preparação da comida e 53% gosta de comer produtos pouco saudáveis quando estão em baixo. Sopas prontas, tabletes de chocolate e pão de cachorro e hambúrguer estão entre as categorias das escolhas desta faixa etária.

Com estas conclusões, Marta Santos afirma que existe uma preocupação com a saúde mas aliada ao deleite, lançando um repto às marcas para olharem para estas duas vertentes. Devem assim também explorar o conceito biológico, que apresenta um crescimento de 60% e, para já, apenas estão presentes em 40% dos lares portugueses.