Portugueses consumiram mais suplementos alimentares durante a pandemia 1745

Cerca de quatro em cada dez portugueses consumiram suplementos nos últimos 12 meses, o que significa que 41% dos portugueses tomaram suplementos alimentares neste período.

Esta é a conclusão de um estudo realizado pela Deco Proteste, sobre como a pandemia alterou o comportamento dos consumidores.

O inquérito foi realizado online, em maio de 2021, em parceria com os belgas, italianos e espanhóis, e teve como objetivo obter informações sobre o consumo de suplementos alimentares, a forma como são adquiridos e as crenças que ainda persistem.

Os dados referem-se aos participantes portugueses. Participaram duas amostras da população entre os 18 e os 74 anos: uma proporcional à população em geral, tendo em conta o género, a idade e a distribuição geográfica, e a outra de consumidores de suplementos alimentares. O inquérito foi respondido por 1001 cidadãos nacionais, dos quais 659 tomam suplementação.

Destes, 59% são mulheres, com uma média de 39 anos.

Á medida que o nível de escolaridade aumenta, o consumo também tende a aumentar, com 57% dos inquiridos a apresentarem um nível de escolaridade elevado.

Quanto ao local de compra, 63% compra na farmácia, seguido do online com 42%. Os supermercados aparecem em terceiro lugar com 13%.

A principal razão apontada pelos portugueses para consumirem suplementos alimentares é o fortalecimento do sistema imunológico (61%), ter mais energia (60%) e restabelecer os níveis de vitaminas e minerais no organismo (52%).

Os consumidores portugueses que já pararam de tomar suplementos indicam que os consumiram durante um período de um a três meses. As razões para terem deixado de tomar foi o facto de o tempo recomendado de toma ter terminado (53%) e terem alcançado os objetivos pretendidos (40%).

Apenas quatro em cada dez portugueses que usam suplementos dizem-se muito satisfeitos com a duração do tratamento, e 27% com o preço.

Quanto aos efeitos colaterais, 74% afirmam estar muito satisfeitos com a ausência de efeitos secundários.

A maioria dos portugueses (76%) defende que os suplementos alimentares devem ser tomados sob a supervisão de um profissional de saúde: 35% pediram informações sobre a toma de suplementação a um médico, 27% a um farmacêutico e 14% a um nutricionista.

No que se refere à toma de suplementos e a pandemia, mais de 40% dos portugueses inquiridos acreditam que alguns suplementos alimentares podem ser úteis para combater a covid-19.

Aliás, três em cada dez pessoas que já tomavam suplementos antes da pandemia aumentaram o consumo destes aquando do aparecimento da covid-19. A maioria destes (71%) acreditam que os suplementos irão reforçar o sistema imunológico e prevenir a infeção.

Consulte o estudo da Deco aqui.