Portugal sai da lista de ovos contaminados mas Angola e Cabo Verde entram 974


11 de setembro de 2017

Portugal saiu da lista de países terceiros afetados pela crise dos ovos ou subprodutos contaminados com inseticida, enquanto Angola e Cabo Verde integram, segundo a Comissão Europeia.

De acordo com a mais recente lista, a que a “Lusa” teve hoje acesso, Portugal já não consta entre os Estados-membros afetados, mas Angola e Cabo Verde estão entre os 11 países que receberam ovos ou subprodutos contaminados com no seu território.

A lista de países afetados pelo comércio ou distribuição de ovos contaminados com fipronil inclui 25 Estados-membros (apenas Portugal, Croácia e Lituânia ficam fora), dois dos três países da Área Económica Europeia (Noruega e Liechtenstein) e 19 países terceiros.

Segundo o RASFF – Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais – 11 destes países terceiros receberam ovos ou produtos contaminados no seu território, incluindo Angola, Cabo Verde e Suíça, tendo nos restantes oito os produtos sido detetados em navios.

Na semana passada, Portugal tinha entrado na lista dos países afetados, tendo a notificação sido feita pela Bélgica, mas a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) garantiu que quantidade de ovos contaminados com pesticida tóxico comprados na Bélgica por um português foi pequena, para consumo e pode nem sequer ter chegado a território português.

«Estamos no terreno a avaliar exatamente a quantidade comprada, que foi pequena e, por isso, tudo indica que fosse para consumo», disse então à agência “Lusa” o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, acrescentando: «os ovos podem ter sido consumidos fora do território nacional».

A fraude que conduziu à contaminação de ovos pelo inseticida fipronil remonta a setembro de 2016, disse recentemente a Comissão Europeia, precisando na altura que 34 países, a maioria na Europa, foram atingidos pela situação.

A contaminação de dezenas de milhões de ovos, resultante da desinfestação de explorações de galinhas poedeiras por um produto contendo fipronil, um antiparasitário forte estritamente proibido na cadeia alimentar, foi divulgada em agosto.