
A promoção da alimentação saudável e o combate à obesidade foram alvo de um memorando de entendimento, assinado esta quarta-feira (19) pelos governos de Portugal e do Brasil.
No âmbito da XIV Cimeira Luso-Brasileira, realizada em Brasília, foram assinados um total de 19 acordos, com destaque para um memorando de entendimento na área da promoção da alimentação saudável e da prevenção da obesidade entre o Ministério da Saúde português e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e o Ministério da Saúde da República Brasileira.
De acordo com o Governo brasileiro, o documento assinado estabelece a “cooperação nas áreas de promoção da alimentação adequada e saudável, prevenção e tratamento da obesidade“. Neste campo, foram considerados “os desafios comuns enfrentados por ambos os países, como a obesidade – incluindo a infantil -, a segurança alimentar e a elevada prevalência de doenças crónicas não transmissíveis associadas a sistemas e ambientes alimentares pouco saudáveis e sustentáveis, que dificultam a adoção de hábitos saudáveis pela população”.
Está prevista a realização de iniciativas referentes a este documento, em particular “a realização de eventos científicos, o desenvolvimento de pesquisas conjuntas, o intercâmbio de especialistas e gestores, a implementação de projetos para avaliação do impacto de políticas públicas, a troca de experiências sobre diretrizes e recomendações oficiais”, bem como a partilha de estratégias direcionadas ao ambiente escolar.
Boas práticas em saúde
A Cimeira contou igualmente com um memorando na área da saúde que “prevê a criação de um grupo de trabalho paritário, composto por representantes de ambos os governos, para coordenar iniciativas e facilitar o intercâmbio de informações e boas práticas na área da saúde”.
As iniciativas somam-se “às ações conjuntas já estabelecidas nos últimos anos pelos dois países, incluindo acordos para pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e inovações em saúde digital”. Neste sentido, o compromisso de cooperação “visa não apenas avanços científicos, mas também o fortalecimento da segurança sanitária e da capacidade de resposta a desafios globais na saúde pública”.