13 de abril de 2018 Os habitantes da região centro são dos que menos fumam e dos que mais comem vegetais e fruta, registando também a menor taxa de sedentarismo no país, revelam os resultados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF). Os dados relativos à região Centro do INSEF foram apresentados ontem em Coimbra, num inquérito realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC). «São resultados estimulantes, mas responsabilizantes para todos. A região centro apresenta resultados que mostram que há um trabalho relevante de várias gerações de profissionais de saúde. Ao longo dos últimos anos, temos indicadores que mostram que a região centro está bem na vanguarda em alguns aspetos», destacou o diretor do Departamento de Saúde Pública da ARSC, João Pedro Pimentel, citado pela “Lusa”. No inquérito, a região destaca-se na análise aos determinantes de saúde, registando o menor consumo de tabaco na população masculina (23,9%) no país e o segundo menor na população feminina (11,8%). Também no consumo de vegetais e frutas, o centro aparece em primeiro e segundo lugar, respetivamente. No caso dos vegetais, 20% da população não consome diariamente vegetais (a média nacional é 26,7%) e 15,4% não consome diariamente frutas (média nacional é de 20,7%), revelam os dados divulgados hoje na sessão que decorreu no Instituto Português de Oncologia de Coimbra. Também nos níveis de sedentarismo, a região é destacada, apresentando a menor prevalência no país (33,8%), face a uma média nacional de 44,8%. Já nos dados relativos ao estado da saúde na região, há uma prevalência de diabetes de 8,7% (segundo melhor registo nacional), cerca de 35% da população adulta é hipertensa (terceiro pior resultado nacional), e cerca de 29% é obesa (terceiro melhor registo nacional). Nos cuidados de saúde preventivos, a quase totalidade (98,7%) das mulheres com idades entre os 50 e os 69 anos realizou uma mamografia nos últimos dois anos e uma grande maioria (84,5%) das mulheres fizeram o rastreio do colo do útero. Já no rastreio do cancro do cólon e do reto, o Centro apresenta um dos piores resultados, com apenas 20,8% da população com idade entre os 50 e os 74 anos a ter realizado esse rastreio nos últimos dois anos. O inquérito foi realizado em 2015 e abrangeu 4.911 indivíduos com idade entre os 25 e os 74 anos. |