Pessoas com diabetes têm um risco 60% maior de virem a desenvolver demência, alerta APDP 661

No âmbito das celebrações do Dia Mundial do Cérebro, que se assinala a 22 de julho, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) alerta para o impacto da diabetes na saúde cerebral e destaca a importância de medidas preventivas para evitar a demência em pessoas com diabetes. Uma dieta rica, vida socialmente ativa e a prática de exercício físico e mental são alguns comportamentos a adotar, além de um bom controlo.

“A prevenção é essencial para garantir que os casos de demência em pessoas com diabetes não aumentam drasticamente ao longo dos anos. Por isso, devem ser adotados comportamentos, no dia-a-dia da pessoa com diabetes, que ajudam a prevenir a demência e a cuidar da saúde em geral”, explica José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Para ajudar a manter a função cerebral e a combater o declínio cognitivo, “é importante apostar numa dieta rica em vitaminas D, B6 e B12, folato e alimentos nutritivos, bem como hábitos que levem a uma vida socialmente ativa. Também a prática de exercício físico e mental, como jogos de memória, são comportamentos que devem fazer parte da rotina de uma pessoa com diabetes de forma a prevenir o aparecimento de demência”, reforça José Manuel Boavida.

O risco de demência aumenta consoante o tempo que passou desde que a pessoa desenvolveu diabetes e a gravidade desta, pelo que é importante garantir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado desde o início.

Estudos demonstraram que a diabetes pode ser um fator de risco para vários tipos de demência, como a vascular e a doença de Alzheimer. “Isto acontece porque os mesmos problemas cardiovasculares que aumentam o risco de diabetes tipo 2 contribuem também para o risco de demência. Exemplo disto, é o facto de a glicemia descontrolada poder causar danos nos vasos sanguíneos, incluindo os que afetam o cérebro, contribuindo para um declínio cognitivo acelerado”, revela José Manuel Boavida.

No Dia Mundial do Cérebro, importa relembrar que as doenças que afetam o desempenho cognitivo e comportamental afetam cada vez mais a sociedade, sendo essencial reforçar a necessidade de medidas de prevenção e acompanhamento.