Uma análise de 30 amostras em hipermercados e talhos na Grande Lisboa e no Grande Porto demonstra melhores condições de higiene das pernas de frango, apesar da manutenção de alguma carga bacteriana.
Face aos dados relativos a surtos alimentares na União Europeia e em Portugal de, entre outros, salmonelose ou campilobacterioses, e tendo em conta que a carne de frango é um dos “veículos mais comuns para os surtos”, a DECO analisou 30 amostras de pernas de frango nas duas regiões mais populosas do país.
A avaliação da conservação e higiene revela melhorias face ao último estudo a frango cru, realizado há 14 anos, onde foram encontradas bactéricas patogéncias (Campylobacter, Listeria monocytogenes e Salmonella spp.). “No presente estudo, a Salmonella spp. nem sequer foi detetada. Uma explicação reside na implementação do Programa Nacional de Controlo de Salmonelas (PNCS) em frangos, implementado há mais de dez anos, para detetar aquela bactéria na produção”, explica a DECO.
“O controlo microbiológico, em particular das bactérias patogénicas, é a chave para controlar o processo”, continua, ao explicar que as contaminações alimentares “podem iniciar-se na produção, daí a importância da higienização das instalações avícolas”. O mesmo se aplica, continua, “ao transporte, aos matadouros e às lojas. Nestes, o respeito pela temperatura e pela cadeia de frio também podem justificar os bons resultados”.
A DECO explica ainda que, sendo mais prováveis as bactérias tendo em conta a elevada temperatura, e retirando da equação um caso isolado, a média apresentou-se consonante com a regulamentação comunitária. As piores prestações bacterianas detetadas – duas em Lisboa e duas no Porto – “deveram-se principalmente a um maior número de E. coli, sinónimo de uma higiene sofrível”.
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