04 de Dezembro de 2015 A Dieta Mediterrânica coloca alguns desafios aos profissionais de nutrição, esta é a opinião de Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável/DGS. «Não podemos ficar reféns do gourmet. A Dieta Mediterrânica só vai ser útil às populações se for generalizável, caso contrário pode ser uma instigadora da desigualdade», disse Pedro Graça, em entrevista à “Viver Saudável”. O nutricionista alertou para o perigo de se tornar a Dieta Mediterrânica em algo dispendioso e para a necessidade de esta ser acessível a toda a população. O preço dos alimentos pode ser um dos obstáculos que os profissionais de saúde encontram, quando se deparam com a questão da Dieta Mediterrânica, ao qual se soma um segundo – a falta de tempo que caracteriza a sociedade atual. Para Pedro Graça, membro da comissão interministerial para o apoio à candidatura da Dieta Mediterrânica a Património Cultural Imaterial da Humanidade, o desafio está em transformar «um conceito que sabemos que é saudável, para qualquer coisa que é acessível e que pode ultrapassar o obstáculo do tempo». Hoje assinalam-se dois anos desde que a Dieta Mediterrânica foi distinguida pela UNESCO, como Património Cultural Imaterial da Humanidade. No entender de Pedro Graça, «o que é interessante neste aniversário, nestas comemorações, é a UNESCO considerar a alimentação como Património Cultural. Isto é que é novo, até para as pessoas da saúde. Porque nós não víamos tanto a alimentação como cultura mas como uma forma de chegar à saúde», remata. Veja aqui a entrevista a Pedro Graça sobre a Dieta Mediterrânica, realizada em exclusivo pela “Viver Saudável”. Leia a versão alargada na edição de dezembro da revista. |