22 de maio de 2018 O aumento do leque de alternativas ao consumo de proteína animal no mercado é o objetivo do inovador Legutê/leguminosas em patê de feijão, ervilha e tremoço, desenvolvido por quatro estudantes da Universidade de Coimbra (UC). Quatro mestrandos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveram «o inovador Legutê/leguminosas em patê» para «aumentar o leque de alternativas ao consumo de proteína animal no mercado», anunciou a UC. «A gama Legutê é composta por três variedades de patês – feijão, ervilha e tremoço – 100% naturais, ricos em proteína, fibra, vitaminas e antioxidantes e com baixo teor de gordura e zero colesterol», explicita a UC, numa nota enviada à agência “Lusa”. A ideia surgiu na unidade curricular “Empreendedorismo: da ideia ao negócio” do mestrado em biodiversidade e biotecnologia vegetal do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC. Os estudantes Bruno Simões, Jéssica Tavares, Mariana Correia e Tércia Lopes investigaram e, ao verificarem que «a oferta de proteína não animal no mercado é deficitária», avançaram para «o desenvolvimento de um produto inovador que tivesse por base as leguminosas familiares da dieta tradicional mediterrânica», refere a UC. Após a realização de várias experiências, as leguminosas eleitas foram o feijão, a ervilha e o tremoço. É uma forma de «reinventar o consumo de leguminosas. O Legutê é um produto prático e ideal para qualquer ocasião, distingue-se pela resposta a uma oferta escassa de proteína não animal, sendo indicado para vegetarianos. Para além disto, é rico em fibras, vitaminas e sais minerais», salientam os estudantes, citados pela UC. Com a produção desta nova gama de patês de leguminosas, os seus inventores pretendem ainda contribuir para a «diminuição de desperdícios alimentares», transformando «os excedentes da indústria alimentar destas leguminosas em matéria-prima», sublinham. A próxima fase passa por «alargar o conceito a outras leguminosas e, também, pela procura de investidores junto da indústria alimentar ou, quem sabe, criar uma start-up, tendo em vista a comercialização dos novos patês de grande valor nutritivo», admitem. O projeto foi escolhido para disputar a final da fase nacional do concurso internacional Ecotrophelia, promovido pela PortugalFoods, que decorre na sexta-feira. O Prémio ECOTROPHELIA Portugal visa, de acordo com a sua página na internet, «o desenvolvimento de um produto alimentar eco-inovador, desenvolvido por talentosos estudantes do ensino superior, estimulando a inovação e empreendedorismo no setor agroalimentar». |