Padarias que façam pão com menos sal poderão ter selo de qualidade 883


05 de abril de 2018

O Ministério da Saúde vai atribuir um selo de qualidade às padarias que façam pão com menos de um grama de sal por cada 100 gramas, através de um programa de candidaturas que começa hoj.

Segundo uma informação enviada à agência “Lusa” por fonte oficial do Ministério, «a obtenção do selo será feita através de candidatura, sendo aceites as primeiras 250 candidaturas recebidas».

A distribuição dos selos será feita por regiões: 89 para a região Norte, 82 para o Centro, 55 em Lisboa e Vale do Tejo, 13 para o Alentejo e 11 na região do Algarve. As candidaturas podem ser apresentadas até dia 4 de maio.

A atribuição deste selo do pão – “Menos sal, mesmo sabor” – pretende, segundo o Ministério, «conceder uma distinção pública às padarias que atualmente já cumpram a meta mais ambiciosa definida para o ano de 2021 para o teor máximo de sal no pão».

Portugal tem desde 2009 legislação que estabelece um teor máximo de sal no pão de 1,4 gramas de sal por 100 gramas de pão.

O Ministério e as autoridades de saúde têm considerado que «é possível reduzir ainda mais o teor de sal no pão» e reconhecem que já existem «muitas padarias portuguesas» que têm feito um esforço de maior redução.

Um protocolo entre a Associação dos Industriais da Panificação, a Direção-geral da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge estabeleceu já novas metas para nova redução de sal no pão, tendo como meta final atingir um grama de sal por 100 gramas de pão até 2021.

Há também metas intermédias definidas neste protocolo: 1,3 gramas de sal por 100 gramas já este ano, 1,2 gramas de sal por 100 gramas em 2019 e 1,1 grama de sal por 100 gramas de pão em 2020.

As autoridades de saúde consideram o consumo excessivo de sal como um dos maiores riscos de saúde pública em Portugal e, segundo dados do último inquérito alimentar nacional, a população portuguesa apresenta um consumo médio diário de sal de 7,3 gramas, superior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que aponta para cinco gramas diárias por pessoa.