Ordens da saúde aprovam taxa do sal mas querem medidas adicionais 857


22 de novembro de 2017

As ordens profissionais da saúde aprovam a taxa sobre produtos com elevado teor de sal, mas querem medidas adicionais de promoção da alimentação saudável.

Num documento enviado à Assembleia da República, a que a agência “Lusa” teve hoje acesso, as Ordens dos Nutricionistas, dos Médicos, dos Enfermeiros, dos Farmacêuticos e dos Médicos Dentistas dão o seu «parecer favorável» à aplicação de medidas sobre o excesso de sal nos alimentos, como a prevista na proposta do Orçamento do Estado para 2018.

Mas paralelamente, as ordens querem ver garantidas iniciativas para a promoção da educação alimentar e medidas junto da indústria para a reformulação de produtos, segundo o documento enviado ao presidente da Assembleia da República e aos grupos parlamentares e a que a agência “Lusa” teve acesso.

A diminuição do consumo de sal «deverá ser uma das prioridades nacionais», escrevem as ordens profissionais, lembrando o consumo excessivo em Portugal e as doenças associadas ao excesso de sal.

Em declarações à agência “Lusa”, a bastonária dos Nutricionistas defendeu que a verba resultante da taxa sobre produtos com excesso de sal seja aplicada diretamente em medidas de promoção da alimentação saudável.

Alexandra Bento frisa que as ordens não querem que a taxa sobre os produtos mais salgados «seja encarada somente como uma medida para obter receita».

«Temos de pegar na verba que seja arrecadada e usá-la diretamente na promoção da alimentação saudável, aplicando-a totalmente para este fim», afirmou a bastonária.

A taxa sobre alguns produtos com elevado teor de sal está prevista na proposta de Orçamento do Estado para 2018, mas partidos como o PCP e o CDS já vieram por em causa a aprovação desta medida.