A bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, alertou para a falta de nutricionistas nas escolas, lembrando que o Ministério da Educação tem apenas dois especialistas nesta área.
Alexandra Bento ainda recordou que em 2018, a Direção-Geral de Educação definiu um conjunto de regras para a elaboração dos menus das crianças e adolescentes, denominado por “Orientações sobre Ementas e Refeitórios Escolares”, elaboradas pelos dois especialistas num trabalho que considera de excelência, contundo defende que não chega.
“Nas escolas públicas portuguesas há apenas dois nutricionistas que têm feito um trabalho de excelência, muito importante. Mas são poucos”, defende.
Segundo a Ordem dos Nutricionistas “deviam ser contratados, de imediato, 30 nutricionistas”. Este reforço permitiria assegurar uma “alimentação equilibrada, saborosa e apelativa” para todas as crianças que almoçam nos refeitórios, mas também para as que optam pelos bares ou máquinas de venda automática, defende Alexandra Bento.
Aliás, esta proposta da Ordem foi apresentada no ano passado à secretária de estado Alexandra Leitão. A bastonária indica que “desde então não houve mais desenvolvimentos”. Quanto a isto, a tutela indica que “a proposta feita pela Ordem dos Nutricionistas está em análise nos serviços do Ministério da Educação, carecendo agora de uma avaliação de impacto e oportunidade como todas as propostas desta natureza”.
Alexandra Bento afirma também que “o Estado português faz muito ao providenciar alimentação que é subsidiada para um bem maior, que é a alimentação de todas as crianças. Mas importa que seja verdadeiramente equilibrada”, e isso só é possível com a presença de profissionais nas escolas que consigam supervisionar o que é oferecido aos alunos.