02 de março de 2018 A bastonária da Ordem dos Nutricionistas garantiu que a Norma de Orientação Profissional relativa à atuação dos nutricionistas na Farmácia Comunitária, sob consulta pública até segunda-feira, não vai afastar estes profissionais desses espaços, sublinhando que as exigências são as definidas pelos estabelecimentos e a Direção-Geral da Saúde. Alexandra Bento falava à agência “Lusa”, numa reação aos comentários da nutricionista Filipa Cortez, que coordena uma equipa de 200 nutricionistas que exercem atividade em farmácias comunitárias, e que considera que os requisitos desta norma são demasiado exigentes. Filipa Cortez acredita que a maioria dos nutricionistas deixará de exercer nas farmácias, onde têm obtido «resultados muito bons», nomeadamente no combate ao excesso de peso, posição com a qual a Ordem dos Nutricionistas discorda. Para a bastonária, a exigência da norma é «a necessária». «Não creio que os profissionais não a cumpram», disse. Em relação à crítica de Filipa Cortez à exigência de um estadiómetro, que avalia a estrutura ou altura, alegando que estes «apenas são exigidos para as farmácias», a bastonária desmentiu, garantindo que «todos os estabelecimentos de saúde o têm». A bastonária também refuta a crítica de Filipa Cortez em relação à dimensão do local das consultas. «São exigidas infraestruturas e equipamentos que as farmácias não têm atualmente, como a dimensão de gabinetes (sete metros quadrados)», disse Filipa Cortez, recordando que muitas das farmácias já existem há muito tempo e não têm estas dimensões. Alexandra Bento esclarece: «Só respondemos ao que são as condições mínimas de instalações e equipamentos da Direção-Geral da Saúde (DGS)». A bastonária acrescenta que a norma leva em conta «o que é preconizado pela Associação Nacional das Farmácias (ANF), a Ordem dos Farmacêuticos e a DGS». |