OMS quer Portugal a eliminar as gorduras trans 1391

A Organização Mundial de Saúde (OMS) insta diretamente um vasto conjunto de países, entre os quais Portugal, a candidatar-se a receber o ‘WHO Validation Certificate for Trans Fat Elimination’ e assim comprovarem estar empenhados na eliminação das gorduras trans das suas cadeias de alimentação nacionais.

Através deste programa, a OMS tem como objetivo reconhecer formalmente os países que eliminaram a gordura trans produzida industrialmente nas suas cadeias de abastecimento alimentar. Desta forma, garante a OMS, os países tornar-se-ão “líderes mundiais na proteção da Saúde do coração e dos seus povos”.

Até 19 de maio, os países deverão candidatar-se e entregar um conjunto de materiais de suporte que atestem o seu trabalho neste campo, sujeitando-se a serem avaliados na primeira reunião anual do Trans Fat Elimination Technical Advisory Group. As comprovadas boas práticas de eliminação das gorduras trans e a monitorização e execução dos critérios que garantem a certificação são fundamentais para a validação.

De acordo com a OMS, são 44 os países que apresentam as melhores práticas recomendadas em vigor, que contemplam cerca de 2.8 mil milhões de pessoas (37% da população mundial). Outros seis aprovaram medidas que entrarão em vigor em breve, aumentando o número para os 3.4 mil milhões (44% da população mundial).

O programa de validação quer “reconhecer publicamente e recompensar o trabalho árduo dos países que eliminaram com sucesso este composto tóxico”, informa a OMS no seu site, ao lembrar que resta menos de um ano para que se alcance a meta de eliminação de 2023. Com a iniciativa, a organização espera “que se encoraje novos países a adotar políticas e a acelerar ações em direção à meta global”.

As gorduras trans representam “gorduras modificadas pelo processo de solidificação por hidrogenação, ou seja, transformação de gordura liquida em sólida”, refere a ASAE no seu site, ao explicar que estas podem surgir nas margarinas de consumo doméstico e nas de consumo industrial (shortenings), com potencial para aumentar o colesterol LDL, prejudicial à Saúde.