08 de janeiro de 2018 A Organização Mundial de Saúde (OMS) felicitou o Governo português pelos esforços na promoção da alimentação saudável. Numa carta enviada ao secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, a diretora da OMS para a Europa, Zsuzsanna Jakab, refere-se concretamente à Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), publicada em Diário da República a 29 de dezembro e que quer reduzir o consumo de sal, restringir determinadas vendas e incentivar outras mais saudáveis. «Dietas pouco saudáveis são responsáveis por uma parcela importante de mortes e doenças cardiovasculares, diabetes e cancro. E também afetam negativamente a qualidade de vida nos últimos 10 anos de vida», diz a responsável na carta, divulgada pelo Ministério da Saúde. A propósito das restrições de venda de alimentos nas máquinas automáticas, prevista na EIPAS, Zsuzsanna Jakab diz na carta que os alimentos disponíveis em locais como creches, escolas, hospitais e instituições públicas «afetam fortemente os padrões de consumo». No documento, a responsável lembra iniciativas dos governos europeus para melhorar o «ambiente alimentar», atuando na alimentação para crianças, rotulagem, incentivos à alimentação saudável e tributação de sal, açúcar e gorduras. Nos últimos anos, nas palavras da diretora da OMS, houve grandes progressos na Europa em áreas como a alimentação escolar, mudanças nos produtos alimentares, abordagens fiscais e vigilância da obesidade infantil. «Portugal é um país líder em algumas dessas áreas», diz-se na carta, na qual se elogiam medidas como a de controlar do marketing da alimentação para crianças ou de tributar os refrigerantes açucarados e incentivar a atividade física. «Além das conquistas recentes Portugal está, no nosso ponto de vista, bem posicionado para assumir um papel de liderança em muitas das frentes mencionadas, e as propostas políticas no novo Programa de Nutrição estão fortemente alinhadas com as orientações e recomendações da OMS, incluindo a nova iniciativa para restringir alimentos não saudáveis em instituições pertencentes ao Ministério da Saúde», diz-se na carta, citada pela “Lusa”. A EIPAS prevê restrições nas vendas de alimentos em máquinas automáticas, a redução de sal na alimentação, o incentivo da produção biológica, a redução na distribuição de açúcar (pacotes), ou limitações a publicidade de alimentos para menores com excesso de sal, açúcar e gorduras |