A Organização Mundial de Saúde (OMS) destacou recentemente Portugal como um exemplo na luta contra o obesidade.
A Iniciativa de Vigilância da Obesidade Infantil da União Europeia e OMS, Cosi, indica que a taxa de obesidade em Portugal tem reduzido de forma lenta e segura.
De acordo com os dados apresentados, em 2008 o número de crianças com excesso de peso situava-se nos 37,9%, e em 2016 desceu para os 30,7%.
No mesmo período a percentagem das crianças obesas baixou de 15,3% para 11,7%, apesar de continuar a ser um dos mais altos índices da Europa.
Já para não falar que em 2016, mais de 80% das crianças portuguesas entre os seis e os oito anos bebiam refrigerantes, sendo que essa era uma das grandes causas da elevada taxa de obesidade infantil no país.
E a que se deve essa redução? A OMS destaca o imposto sobre bebidas açucaradas que o nosso país adotou, referindo a coragem que as autoridades portuguesas tiveram ao enfrentar uma indústria mais preocupada com o lucro do que com a saúde das crianças.
A nota publicada indica que, apesar de ainda não existirem números conclusivos, a OMS tem um programa que segue a evolução desta taxa ao longo de 12 anos e garante que é já notória uma quebra sustentada da obesidade entre os menores portugueses.
A OMS destaca que embora ainda haja muito por fazer para promover comportamentos saudáveis, as medidas implementadas por Portugal são uma referência de boas práticas para conter o crescimento da obesidade infantil.