A Organização Mundial de Saúde (OMS) distinguiu os cuidados adotados pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), como um exemplo na Europa, durante o período de pandemia da covid-19.
A implementação da teleconsulta (por telefone ou videoconferência), acesso remoto a todos os médicos e enfermeiros a equipamentos eletrónicos e outros recursos para trabalhar em casa, contacto diário com doentes com antecedência para análise das preferências da teleconsulta, utilização de dispositivos móveis para partilha de informação em casos que os doentes não conseguiam ter acesso ou conhecimento via e-mail e criação da linha de apoio Diabetes, foram algumas das medidas que a APDP implementou durante o período da pandemia e que merecem a distinção da OMS.
“Este reconhecimento internacional destaca o papel e a colaboração da sociedade civil para enfrentar os desafios imprevistos na saúde. É a prova de que deve existir uma responsabilidade partilhada na proteção e assistência às populações mais vulneráveis”, afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP, na nota divulgada.
José Manuel Boavida destaca a importância dos profissionais de saúde envolvidos.
“Os profissionais que fazem parte da APDP reforçaram o seu compromisso durante este período e mantiveram sempre presente que a diabetes não podia passar para segundo plano. E, apesar das barreiras que enfrentaram na implementação de novos modelos de ação, ajustaram-se às circunstâncias pelas exigências de uma doença tão complexa”, indicou.
Apesar desta distinção, a APDP deixa um alerta em comunicado divulgado: “o desafio de adaptar a prestação de cuidados com a pandemia da covid-19 está longe de terminar”.
Para a APDP é “preciso uma estratégia global com orientações claras e reforço de serviços de saúde”.
“Existe uma preocupação com os efeitos da restrição de movimento e consultas em atraso, especialmente com as complicações não diagnosticadas”, afirmou João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, no mesmo comunicado.